quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Planejamento da carteira - controle, projeção e plano de ação para o primeiro semestre 2017

Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço; eles passaram a ser mais importantes do que isto.

O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido. E como já expus aquiaquiaquiaquiaquiaqui e aqui a pergunta que me faço nestas horas é "como estou me saindo?"

Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 2° semestre de 2016:

Ganhos/Gastos (comparação com 2015)

                               (1° sem)        (2° sem)         (anual)
▲% dos Ganhos:  -28,40%           -9,83%         -19,79
%
▲% dos Gastos:    +6,76%         +25,49%        +15,46%

Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:

             (1º sem)       (2° sem)        (anual)  

2016      73,14%        68,47%         70,71%
2015      49,05%        49,20%         49,12%
2014      43,45%        30,71%         35,98%
2013      48,49%        22,37%         33,58%
2012      45,91%        15,52%         27,45%
2011      67,71%        24,09%         40,11%
2010      66,53%        30,70%         44,55%
2009      80,14%        34,32%         51,25%


Meta: 50% 


Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:

            (1º sem)      (2° sem)       (anual)

2016     30,20%        19,73%       24,76%
2015     46,76%        48,74%       47,68%
2014     45,53%        57,84%       52,23%
2013     34,04%        65,88%       52,60%
2012     42,67%        67,89%       56,12% 
2011     16,89%        67,45%       48,36%
2010     26,80%        61,16%       46,93% 
2009     14,36%        59,37%       45,18%

Renda Passiva (Yield) da Carteira:

2016       3,51%

2015       4,35%
2014      10,14%
2013      11,82%
2012       9,17%
2011       7,52%
2010       5,00%
2009       8,89%

Meta: 10% 

Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.


Com relação aos Ganhos:

Como já havia adiantado em posts anteriores, a ausência de receitas extraordinárias fez com que a minha renda ativa caísse em 2016.

A boa notícia é que o pior já passou. Para 2017 só espero alterações positivas neste marcador.


Com relação aos Gastos:
 
Tendo em vista o cenário descrito acima, o foco de 2016 passou a ser controlar os gastos. Mesmo tendo reduzido as despesas como pude, fatores pessoais importantes (o mais importante deles, uma mudança de cidade) me obrigaram a aumentar as despesas fixas a partir do segundo semestre.

Ainda assim, as condições agora são favoráveis e eu espero ter uma boa redução neste quesito para 2017 para um patamar inferior, inclusive, aos de 2015.

Com relação aos Aportes:


A meta de aporte anual não pôde ser realizada. Faltou pouca coisa, é bem verdade... mas faltou.


Ainda assim, graças à realocação dos proventos, não considero 2016 como um ano perdido. Pelo contrário: graças ao planejamento, em valores absolutos, o aporte total (dinheiro novo + proventos) se manteve dentro da média de anos anteriores.


Com relação ao Yield:

Em valores absolutos, houve uma redução de 6,17% nos proventos recebidos quando comparados ao mesmo período de 2015. Também em valores absolutos, isso corresponde a 26,07% dos Gastos do ano.

A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente, ela leva em conta o patrimônio bruto do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto do fechamento do mês em questão.


Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.

Defino 2016 como um ano fora da curva. Muitas coisas aconteceram no campo pessoal que acabaram impactando negativamente o meu planejamento financeiro.

Como estes percalços teriam de ser trilhados em algum momento, fico feliz por tê-los encarado logo de uma vez. 

É o que costumo repetir: uma foto ruim não tem o poder de estragar um filme bom.

A meta de crescimento do patrimônio para 2016 é a mesma dos anos anteriores: 30%. No ano ela cresceu 35,06%.


A divisão da carteira para 2016 ficou assim estabelecida: 75% Ações, 15% TD e 10% FII. Em dezembro ela se manteve perto disso (78-15-7).

Sei que a concentração em RV é um tanto perigosa, mas é um risco que o tamanho ainda reduzido do meu patrimônio, minha pouca idade e o momento da bolsa me encorajam a correr.

Os aportes do 2° semestre foram destinados para Ambev, Cielo, Grendene, Itaú e Weg. Também houve recompra de NTN-F 010127 em julho.

Repetindo o primeiro semestre de 2016, não ocorreram mudanças na carteira de ações nos 6 últimos meses, apenas reforços nos ativos previamente escolhidos.

Para o próximo semestre já reinvesti os cupons do TD (NTN-F 010127) e prosseguirei com o rebalanceamento da carteira, nos moldes do que já venho fazendo.

Não sei os amigos, mas eu estou ansioso para saber como se darão os saques das contas inativas do INSS. Tenho um bom dinheiro preso lá e seria muito bom recebê-lo antes dos 3 anos a que eu deveria esperar para tanto.

Bem, era isso. Desejo a todos um excelente primeiro semestre!

7 comentários:

  1. Parabéns pela explanação geral. Acho que por vc esta muito exposto em RV seu Yeld tem caido um pouco mas mantenha se firme e chegará longe. Que em 2017 vc consiga cumprir as metas, revisa-las e dobra-las.

    Forte abraço

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    1. Obrigado, MI! Um feliz 2017 para você e toda a sua família!

      De fato, a alta exposição em RV prejudicou nos proventos, mas foi fundamental na rentabilidade da carteira.

      Como o bolo cresceu mais de 1/3, em 2017 será ainda mais difícil alcançar os 10% anuais pretendidos. Fico na torcida para que o problema da carteira continue sendo este para os próximos anos. rs

      Abraço!

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  2. Caro colega blogueiro!

    Conforme prometido disponibilizei hoje a linha de tempo da blogosfera financeira. Seu blog está no estudo. Passe lá depois para ver se está tudo certo.

    http://abacusliquid.com/blogosfera/finansfera-timeline/

    Um bom fds!

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  3. Não consigo compreender totalmente o texto mas me inspira tamanha organização financeira... Estou com 32 anos e nunca tive atitude efetiva de gestão do meu dinheiro... sempre trocando idéia com gerente do banco. Agora meio perdido na imensidão da internet buscando aprender para melhor investir e ter um futuro mais tranquilo. Você e os colegas leitores, poderiam indicar algum curso ou orientação (de preferência pessoalmente em Salvador BA). Tenho acompanhado algumas coisas da Empiricus mas tenho desconfiado bastante... há um marketing excessivo e ostensivo e isso me deixa desconfiado. Meu dinheiro continua aplicado em CDB/Fundos no BB porém já era pra estar em alternativas melhores e queria aprender a investir na Bolsa. Caso possam me ajudar / orientar, agradeço antecipadamente! Thiago 71 992788353 (whatsapp)

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    1. Boa noite, anônimo. Bem-vindo!

      Se você ainda engatinha na sua organização financeira, te recomendo os links que seguem:

      http://www5.fgv.br/fgvonline/Cursos/Gratuitos
      http://www.rn.senai.br/index.php/cursos-gratuitos/financas-pessoais

      São cursos virtuais muito bons para você poder dar os primeiros passos. Espero que eles lhe sejam úteis.

      Abraço!

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    2. Muito obrigado! vou olhar os links! valeu!
      Sucesso em seus investimentos!

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